Humorista Leo Lins condenado a mais de oito anos de prisão por falas preconceituosas

Reprodução/YouTube | Reprodução

O comediante Leo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado pela 3ª Vara Criminal de São Paulo. A decisão, proferida nesta terça-feira (3), resultou de falas consideradas preconceituosas do humorista. Além da pena de prisão, Leo Lins recebeu uma multa de 1.170 salários mínimos e terá que pagar R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.

A condenação teve como base um vídeo de um show de 2022. No material, Lins fez uma série de declarações ofensivas e discriminatórias contra diversos grupos sociais, incluindo negros, idosos, obesos, pessoas com HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência. A Justiça considerou a ampla repercussão do vídeo, que acumulou mais de 3 milhões de visualizações, e o contexto de descontração das piadas como fatores agravantes na decisão.

A fundamentação jurídica da sentença explicou que o conteúdo do humorista estimulou a violência verbal na sociedade e fomentou a intolerância. A decisão judicial reforçou que a liberdade de expressão não é absoluta e possui limites legais estabelecidos.

Após a notícia da condenação, diversos humoristas e fãs manifestaram-se nas redes sociais em defesa de Leo Lins. Nomes como Antonio Tabet, Maurício Meirelles, Fabio Rabin e Oscar Filho criticaram a decisão, qualificando-a como "absurda" e "insanidade". Alguns fizeram comparações entre a condenação de Lins e a situação de MC Poze do Rodo. O humorista ainda pode recorrer da sentença imposta. O vídeo original do show foi derrubado do YouTube em 2023.